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Resenha do filme: Divertida Mente

Quando fui ao cinema assistir Divertida Mente, foi por causa da indicação de várias pessoas. Mesmo que elas falassem tão bem da animação, eu ainda não levava muita fé. “Bonecos em forma de sentimentos na mente das pessoas? Deve ser daqueles clichês cheio de lições de moral”, pensei. Ah, como eu estava errada! Esse filme é, provavelmente, o melhor do ano pra mim!

Divertida Mente

Elenco principal:
Miá Mello, Katiuscia Canoro, Dani Calabresa, Otaviano Costa e Leo Jaime

Gênero:
Animação, comédia, família

Direção:
Pete Docter

Ano de lançamento:
2015

Nacionalidade:
Estados Unidos
Crescer pode ser uma jornada turbulenta, e com Riley não é diferente. Ela é retirada de sua vida no meio-oeste americano quando seu pai arruma um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, Riley é guiada pelas emoções – Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza. As emoções vivem no centro de controle dentro da mente de Riley, onde a ajudam com conselhos em sua vida cotidiana. Conforme Riley e suas emoções se esforçam para se adaptar à nova vida em São Francisco, começa uma agitação no centro de controle. Embora Alegria, a principal e mais importante emoção de Riley, tente se manter positiva, as emoções entram em conflito sobre qual a melhor maneira de viver em uma nova cidade, casa e escola.

Antes de mais nada, vamos conhecer os personagens desse filme:

Riley é uma garotinha comum que, assim como todas as criaturas vivas, têm as emoções dentro da cabeça. Ela mora com sua mãe e seu pai – e mal sabe que sua rotina está prestes a virar de cabeça para baixo!

resenha do filme divertida mente

Mas espera aí: emoções? Que emoções são essas? Apresento-lhes Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva:

resenha do filme divertida mente

Ok, agora vamos à resenha.

Quando a pequena Riley nasceu, a Alegria ganhou vida em sua cabecinha. Ela não entendia muita coisa, mas apertou um simpático e grande botão, fazendo a menina sorrir. Alegria pensou que aquele sentimento gostoso seria eterno. Porém, isso durou alguns segundos, até que a Tristeza colocou suas mãozinhas no botão e fez Riley chorar. E assim começa essa história, com a inclusão de outros três trabalhadores do núcleo central: Medo, Raiva e Nojinho.

Falando de dentro do cérebro, deixa eu explicar ainda: cada emoção é transmitida através de uma cor, como vocês devem ter percebido. As memórias das pessoas são armazenadas em espécie de bolas, e elas são das cores que aquela lembrança remete. Se foi um momento bom, será amarela (alegria); se foi algo triste, será azul (tristeza), e assim por diante. Nossas memórias são armazenadas a longo prazo, podendo ser acessadas a qualquer momento. Sabe aquela música super chata que, de vez em quando, volta à sua cabeça? É uma memória a longo prazo que alguém está achando graça em colocar pra tocar! 😀

Riley aos 11 anos era muito feliz vivendo na cidade de Minnesota, Estados Unidos. Ela achava que nada poderia estragar a alegria de viver com seus pais, ter amigos incríveis, jogar hockey (e ser muito boa nisso) e se divertir na neve. Até que seu pai recebe uma proposta de emprego e a família se muda para São Francisco, na Califórnia.

Abre um grande parênteses aqui pra dizer que EU AMEI ESSA ESCOLHA DE CIDADE! Quem me acompanha sabe que eu AMO São Francisco, então fiquei toda animada extremamente eufórica quando vi, na sala do cinema, a ponte Golden Gate, a Lombard Street e até a névoa! Eu não tinha visto o trailer nem lido a sinopse antes, então eu não sabia que eles iam a São Francisco! Obrigada pela atenção, fecha parênteses.

Pois bem, Riley não gostou nadinha da mudança, e suas memórias que, antes, eram amarelas de alegria, começam a se tornar azuis, verdes, roxas e vermelhas. Sua nova casa tinha ratos, o caminhão da mudança estava perdido e ela não tinha amigos na cidade. Além disso, ninguém fazia ideia de que, dentro de sua cabeça, a Alegria e a Tristeza tinham sido sugadas para longe do núcleo, sem conseguir voltar à cabine de comando. O que todos viam por fora era uma Riley sem emoção – sem alegria e sem tristeza. Vazia. Dentro de sua cabeça, a confusão tomava conta. Nojinho, Medo e Raiva tentavam comandar a menina (sem sucesso, é claro!) enquanto Alegria e Tristeza tentavam achar o caminho de volta à central. (Na verdade, quem mais trabalhava era a Alegria, uma vez que a Tristeza estava triste demais pra fazer qualquer coisa.) E a aventura estava prestes a começar! (frase clichê, eu sei, mas não me contive).

Está vendo todas essas bolas coloridas? Essas são as memórias de longo prazo de que falei antes.

Eu passei três dias me perguntando como iria escrever essa resenha, e cheguei a cogitar escrever apenas um ASSISTA grande na tela, mas mudei de ideia. A verdade é que esse filme é tão diferente, tão bem feito, tão pensado nos mínimos detalhes que eu não sei muito bem o que falar dele. Ele expressa perfeitamente as atitudes de qualquer pessoa, colocando as emoções à frente de qualquer coisa, o que é muito verdadeiro!

Acredito que a essência geral do filme é mostrar que, ao contrário do que se pensa e do que se vê até quase o final da história, é que a Tristeza tem a sua importância – não só no longa, mas nas pessoas. É essencial que às vezes nos sintamos tristes, pois é esse sentimento que vai nos fazer colocar pra fora o que nos machuca, garantindo que estaremos renovados depois dessa fase. O papel dessa emoção fica bem incerto até certa parte do filme, e chega a dar pena, porque ela sempre faz tudo errado. Mas o final é muito bonito, não é clichê e mostra que, mesmo os sentimentos “não tão bons” sempre são úteis e necessários para construir nossa personalidade e nossa vida.

Me perguntei, a certo ponto, como se deu a escolha de apenas essas cinco emoções – pois afinal, existem várias outras que são muito importantes também. Mas o filme não deixa nada a desejar por esse quesito, e em nenhum momento a gente sente falta do amor, da coragem ou do desespero, por exemplo. Eu não sei qual foi a receita, mas o resultado ficou excelente.

Sabe quando você sai do cinema com a certeza de que sua vida mudou? Eu fiquei imaginando as minhas emoções (usando óculos de armação rosa! 😀 ) dentro da minha cabeça, apertando botões, me mandando memórias e acionando coisas a todo o momento. A minha resenha não fez jus ao filme, mas eu fecho com uma palavra simples: ASSISTAM. Apenas.

Não te convenci? Tenho certeza que o trailer vai fazer esse trabalho:

Comente este post!

  • Cecília Maria

    Esse filme é muito, muito lindo, um amor! Eu já entrei no cinema cheia de expectativa porque todo mundo estava falando super bem, então as chances de eu me decepcionar eram enormes. Mas ainda bem que isso não aconteceu. Saí do cinema completamente encantada. O filme é de uma genialidade incrível, com um roteiro bem bacana e uma proposta super interessante. E se tornou ainda melhor pra mim porque eu tinha acabado de fazer uma prova sobre memória e foi muito legal ver tudo que eu estudei sendo mostrado de uma forma mágica na tela do cinema, para crianças (e para os grandinhos como eu que amam uma animação). Quando alguém me diz que não gostou do filme eu tento não julgar, mas, gente, não tá sendo fácil hahaha

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    • Gabi Orlandin

      Cecília, não vi ninguém dizendo que não gostou do filme ainda, mas se eu ouvir, vou achar que estão tirando sarro da minha cara, hahaha! É fofo e inteligente demais pra não gostar!
      Beijos.

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  • ludmila

    ah esse filme deve ser muito fofo, to louca pra assistir.

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  • Carla Nascimento

    A Pixar tem esse poder de fazer a gente sair do cinema com a sensação de que a vida mudou. Esse filme explodiu minha cabeça. [heart] [heart] [heart] [heart] [heart]

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  • Beatriz Cavalcante

    Estou louca para assistir esse filme. Vi uma reportagem no jornal e um brasileiro trabalhou na parte de animação. Foram feitos 3 segundos do filme por semana então eu fico me perguntando quando tempo demorou para terminar. 😮 Acho que esse é o motivo que me fez querer assistir, além é claro, da tristeza que mal conheço e já considero pacas. <3

    Beijos!

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    • Gabi Orlandin

      Oi, Bia!
      3 segundos POR SEMANA? Não consigo nem imaginar isso! Sério, me sinto até orgulhosa de ter assistido e gostado tanto, hahah! E que legal que um brasileiro fez parte.
      A tristeza é um amoooor, haha! A mais engraçadinha. Assista, você vai amar <3
      Beijos.

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  • Helio oliveira souza

    Ainda não tive a oportunidade de ver mas todos que viram dizem que e muito bom

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  • Daniela Carvalho

    Eu não dava muito ibope para o filme quando vi alguns trailers, mas quando resolvi ir vê-lo foi só amor. Adorei a mensagem que o filme passa pras pessoas, e sem contar que todos os personagens são apaixonantes.

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    • Gabi Orlandin

      O filme impressiona todo mundo, né? *-* A mensagem que ele passa é linda mesmo, como se não bastasse a história ser tão fofa.
      Beijos.

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  • Bárbara

    Fiquei curiosa… ja estava vendo algumas coisas sobre o filme mas mão sabia exatamente do que se tratava. Agora a vontade de ver ficou bem grande.

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  • May

    Ai Gabi, assisti a esse filme ontem e fiquei encantadíssima, assim como você! A tristeza tem toda essa carga negativa, mas, no final, eu AMEI o final que deram pra ela! Aliás, tudo no final do filme se encaixou tão binitinho!

    Beijinhos,
    May :*

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    • Gabi Orlandin

      Como não ficar, né May? Também amei o papel final da tristeza! Muito fofo e emocionante, deu pra entender porque deram tanto foco pra ela durante o filme, mostrando como ela sempre fazia tudo errado, hehe. Também tive a sensação de que tudo no filme tinha um motivo. Muito bem pensadinho <3
      Beijão.

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  • Dai Castro

    Esse filme se tornou uma das minhas animações preferidas! A linguagem do filme é muito boa, a gente sai do cinema exatamente como você falou, imaginando todas essas emoções em nossas cabeças! Sensacional! Beijos <3

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  • Geovanna

    EEEEEH O final

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  • erika rejane j. delfino

    amei sua resenha pois do meu ponto de vista é um desenho animado que fala de coisas sérias e que precisamos desses turbilhões para fazer o equilíbrio de nossa mente, eu também amei o filme, tanto pela animação como pelo conteúdo. [happy]

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  • Indy

    o que a tristeza fala quando a alegria pergunta por que ela está chorando [question] [question] [question]

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  • michele

    arrasou [happy]

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  • Roberto Sydney

    Ótimo, Vcs do site estão de parabéns, que mesmo não vendo o filme ..lendo a resenha se entende, muito bem …Parabéns 😀

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  • Rebeca Moraes

    Um filme maravilhoso, que nos fornece conteúdo para trabalhar com as crianças no processo terapêutico.

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  • Jo Nobre

    Respondendo à sua dúvida, como educadora eu acredito que eles se utilizaram das emoções primárias, que acabam desencadeando as emoções secundárias. Como o filme é ideal para a criança que está aprendendo a nomear suas emoções, a linguagem precisa ser de fácil compreensão e a quantidade de informações (nomes das emoções) precisa ser limitada.

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  • Tobias

    Um filme inteligente que faz bem pra cabeça e o coração. Ainda bem que temos pessoas com a tua delicadeza e capacidade de espalhar pelo mundo tanta “Fluffyura”! Tu é um amor Gabi! Parabéns pelo teu carinho aqui, com a gente!

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  • Beatriz Pinheiro

    Amei a resenha muito legal eu já vi esse filme muito bom eu AMEI o filme. Só não gostei muito porque a Tristeza não podia tocar em nada a Alegria fazia tudo na sala de comando achei muito injusto isso.

    Bjs!

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  • Beatriz Pinheiro

    Eu acho esse filme muito legal mas eu tb acho que Alegria fazia tudo na sala de comando e tb achei isso muito injusto. E tb a Tristeza não podia tocar em nada, muito triste. Mas tirando isso esse filme é otímo.

    Bjs, and, Bye.

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